sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Kart Neo Vintage, chegando para resolver antigos desafios





A primeira etapa do Vintage kart Brasil de 2012 realizada em Guaratinguetá (SP), acabou sendo uma confraternização entre amantes do kart e do kart antigo por assim dizer. Para nossa surpresa estiveram entre nós e por lá, Carol Figueiredo que se constitui em um dos nomes mais importantes do Kart no Brasil no que diz respeito a Classe de Pilotos vindo da geração 60 e atravessando a geração 70. 
E o não menos importante e representando bem a geração 70 Dionísio Pastore.

Na informalidade, discutimos ainda com outros pilotos as dificuldades de manter uma classe de karts no Brasil classificada como antigos, frente à fragilidade destes equipamentos e a dificuldade de conciliar o prazer da competição versus o limite técnico destas restaurações.

Embora a classe tenha a competição dentro da modalidade contra relógio, o piloto Vintage continua com seu espírito competitivo pulsando e vivo como há anos atrás, exigindo agora mais do equipamento, pois normalmente está com um pouco mais de peso aliado ao fato que as pistas exigem mais destes equipamentos no que diz respeito aos motores.

O que fazer então?

Desta indagação, passamos então a avaliar a possibilidade de criar uma categoria apoiada em um kart de época e fabricada dentro de uma filosofia “clone” com materiais atuais e uma motorização atual também, que pudesse de forma simultânea garantir aos pilotos Vintage:

·    Conforto e segurança
·    Facilidade na condução
· Um bom custo benefício de aquisição e   manutenção
·   Protegendo o acervo de restaurações atual que se constitui na verdade em um Museu itinerante.

Com este horizonte, saímos de Guaratinguetá com a Missão de encontrar uma solução para o desafio.

 Foram horas de contato discutindo os prós e contras de uma ou outra solução. Tínhamos ainda como envolvidos no processo os amantes do Kart, Rodrigo Bernardes, Eduardo Pimenta e os consultores indiretos Eng’s Henri e Gerard Strasser a quem sempre nos consultamos, somado a figura do sempre presente e disposto Eng. Norberto Fernandes. Destaque deve ser dado ao fato dos irmãos Strasser já estarem desenvolvendo algo com karts com bi motorizados.

O problema acabou sendo dividido em duas partes, a saber: A motorização e o chassi.

Para o chassi acabamos elegendo um kart que representou e sintetiza a essência da maturidade do kart no Brasil, tanto no plano industrial como desportivo.

 O chassi Mini Deitado com tanques redondos que carinhosamente era chamado de “banheira”.

  Devemos destaque nesta escolha, quase  que como uma homenagem a mecânica Riomar que durante estes 50 anos de história do kart no Brasil, se transformou em nossa mais importante marca e indústria envolvida com nosso esporte, com representatividade e reconhecimento nas Américas, Europa.

Mais especificamente iríamos nos apoiar no modelo 1968 que a Afornali  Restaurações de Curitiba havia acabado de restaurar, kart este que foi levado para Interlagos para o SKB para efetuar uma demonstração com antigos portando o numeral 25 que identificava Maneco Combacau que juntamente com Wilson Fittipaldi e Mário de Carvalho capitanearam a Kart Mini durante a década de 60.

Para o motor, o desafio se tornou mais crítico, pois para maior conforto do piloto, determinamos para o plano de características do mesmo a possibilidade de trabalharmos com uma partida elétrica e que não deveria exceder o peso de 18 kilos.

Além do que o retorno da colocação na traseira, carrega uma preocupação com respeito a dinâmica veicular deste projeto, onde seu peso deveria ser o menor possível.

E somado a estas características que pudesse ser um motor quatro tempos de longa durabilidade e baixo ruído de funcionamento e que pudesse ser comprado dentro da filosofia Plug And Play, ou seja. Retirado da caixa, colocado sobre o chassi e posto em funcionamento, sem adaptações, sem modificações.

A escolha então recaiu para o motor norte americano World Fórmula 13 HP do fabricante Briggs Stratton, por não haver um similar nacional que pudesse nos oferecer o que estávamos buscando.
Com estas definições em mão, passamos então para a fase do desenvolvimento do Projeto Básico, localização de parceiros de desenvolvimento no plano industrial de partes e componentes.

Situação atual

Passados estes meses, onde o trabalho de busca de parceiros competentes e envolvidos com a causa, o projeto encontra-se em fase final do que chamamos de X25.
A unidade cabeça de série deve ser colocada em regime de testes para verificar seu comportamento e sua aderência para com os preceitos do conceito que o kart deve atender.
Dentro deste trabalho, destacamos que a motorização não deveria custar mais do que R$ 3500 e o chassi entre R$ 5000 e R$ 7000 dependendo do nível de acessórios e acabamento a utilizar.

Kits, uma inovação no fornecer

Os karts serão fornecidos aos Membros da Comunidade Vintage Kart Brasil para as apresentações programadas para a Temporada de 2013 que deverá ser em numero de seis, sendo cada uma em um estado.
A inovação deste processo está na descentralização industrial da produção. Os fornecimentos serão realizados pelos parceiros industriais por partes e integrados dentro de garagens nomeadas pela comunidade.

Há de se destacar que esta iniciativa nasceu dentro de uma comunidade social virtual do Facebook, demonstrando a potencialidade destas redes sociais.

O foco estratégico de mercado são pilotos Vintage com idades dentro das faixas de 40/50/60 anos, realizados economicamente e com fortes vínculos com o esporte a motor. Não basta somente querer andar, tem que amar o brinquedinho.

Tão longo os testes de desempenho, durabilidade terminem, uma apresentação formal do projeto será realizada para o mundo Kart.

A Internet como meio de comunicação, potencializa nos dias atuais a possibilidade de desenvolver teias sociais apoiadas em interesses comuns.

Grupos podem ao não terem suas necessidades de consumo atendidas, encontrar formas de viabilizar ou materializar expectativas.

Esta comunidade e suas ações vêm desta direção.
Na miopia da camada industrial, a sociedade organizada sai e encontra soluções.

Novos tempos, antigos problemas e atitudes inusitadas.

Neo Kart Vintage uma realidade que se aproxima. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Emerson Fittipaldi e Kart Mini marcos da geração 60


Emerson Fittipaldi Bi campeão Mundial de Fórmula 1  entre outros títulos e vitórias tem em seu passado uma relação intensa, interessante e importante com o Kart do Brasil, tanto no seu aspecto esportivo, bem como com a história da industria do kart sul-americano.
Formado no automobilismo brasileiro em um país com um histórico pouco significativo nesta área à época, Emerson criou a estrada e a pavimentou para os demais pilotos que acabaram aventurando-se no caminho da profissionalização no automobilismo.
 Entre estes os nomes mais significativos tais como Piquet e Senna que também com o kart tem um histórico de relacionamento significativo.
Em matéria de capa Emerson foi homenageado pela Revista Motorsport inglesa em sua edição de setembro de 2012, onde uma breve retrospectiva de sua carreira e personalidade é foco do editor.
Emerson é destacado como um dos pilotos vitoriosos e que atravessaram as décadas de 70 /80/90 envolvido com o ambiente das corridas em várias dimensões e com sucesso.
Começou sua carreira de piloto aos 14 anos de idade no kart como mecânico de seu irmão Wilson.
O que poucos sabem é que Emerson foi campeão brasileiro de kart nas temporadas de 1963 /64.
O kartismo no Brasil desenvolveu-se nesta década e formou talentosos pilotos que posteriormente foram direcionados ao automobilismo nacional e Internacional.
Emerson assim como outros, esteve a bordo dos famosos karts Mini da geração deitados onde, a característica mais marcante dos mesmos desta geração, estava na colocação do motor na parte traseira e praticamente em cima do eixo traseiro.
Fruto da influência do kart de origem norte-americana, estes veículos tinham uma característica particular em seu desempenho tanto no plano de velocidade como do de contornar curvas de baixa, média ou alta velocidade.
O fato de ter seu peso concentrado na parte posterior do chassi desenvolveu nos pilotos desta geração a capacidade de lidar com o sobre esterço como uma coisa natural. O que é muito diferente da situação atual por outros fatores que aqui não irei me prender.
 Não é incomum encontrarmos fotos de karts em movimento desta época em situações de derrapagem controlada o que a geração atual chama de drifting.
Porém uma situação de enfoque muda tudo nesta estória, desligando uma situação da outra.
Os karts daquela geração a qual denominamos G6 controlavam as derrapagens nas freadas ou nas zonas de aproximação das curvas.
Esta situação acabou desenvolvendo um fundamento de condução diferenciado para os pilotos formados nesta época.
Bem nos poderíamos nos alongar neste assunto por aqui, pois a matéria é longa e cheia de caminhos.
Os anos 60 foram pródigos em várias dimensões da vida humana.  O kart consolidou-se como um esporte independente e gerou uma família de fanáticos pelo mesmo em vários países.
Nós tivemos a sorte por aqui dos irmãos Fittipaldi, Maneco Combacau e Mário de Carvalho terem tido a iluminada atitude de dar andamento nas idéias e karts de Claudio Daniel Rodrigues o pai do kart no Brasil.
Sorte a nossa.
Pois graças a estes e vice versa, o kart tem uma bonita história para contar.
E todo o automobilismo a ele tem graças a render.

domingo, 12 de agosto de 2012

Vintage Kart Geração anos 60 - G6



Em tres momentos distintos no passado e no presente, imagens de um kart que muitos no momento desconhecem.
O kart de hoje competitivo no Brasil, tem na figura do senhor que toca o Kart Mini de numeral 7 que acabou transformando-se em um ícone do automobilismo mundial.
Por outro lado e agora falando do equipamento, um fabricante nacional cujo nome se mescla em uma simbiose com o nome do próprio esporte.
Estas imagens nos remetem a um passado onde o piloto e o equipamento formam um conteúdo de estórias que monta a bonita história do Kartismo no Brasil.
Falar de automobilismo no Brasil sem mencionar Emerson Fittipaldi e falar de kartismo sem soprar  a marca Mini acabam sendo uma heresia na verdade.
No fundo estas estórias se mesclam na verdade e é sobre ela que iremos nestas semanas falar um pouco.
O kart dos anos 60 no Brasil formou uma geração de campeões de importância ímpar para o nosso esporte.
Talvez um pouco esquecido, nunca é demais buscar informações e oferecer aos nossos amigos.
Aproveite.
Irá valer à pena.

terça-feira, 31 de julho de 2012

KSM - Kart Sem Máscara: Kart Vintage alternativa social, vai para Araraqua...

KSM - Kart Sem Máscara: Kart Vintage alternativa social, vai para Araraqua...: Araraquara , município paulista localizado na região administrativa estadual central, com uma população de aproximadamente 210 mil ...

Kart Vintage alternativa social, vai para Araraquara com 3 Etapa do VKB - Vintage Kart Brasil







Araraquara, município paulista localizado na região administrativa estadual central, com uma população de aproximadamente 210 mil habitantes estimada pelo IBGE para o ano de 2011 e dispondo de uma frota de aproximadamente 82 mil veículos, vai sediar a III Etapa do VKB – Vintage Kart Brasil 2012 nos dias 3, 4,5 de Agosto em seu Kartódromo local.
O evento faz parte do cotidiano do kart em Araraquara organizado pela Liga Araraquarense de Pilotos.
A idéia de um Campeonato de Karts Vintage teve início no ano de 2011 e o exercício de 2012 com quatro provas, faz parte de um processo de definição de perfil desta nova classe dentro do kart como atividade esportiva amadora.
Quando em 2010 tivemos acesso a primeira edição do ano da Revista Especializada em Kart da Itália (VROOM) e constatamos o envolvimento de personagens históricos do kart mundial tais como Calogero Vanaria (Kali Kart) e Ângelo Parrilla (DAP), tínhamos certeza que uma centelha forte e aguda estava sendo dada. Contudo o fato de se tratar de equipamentos muitas das vezes com mais de 40 ou 50 anos de existência, a nova classe vai enfrentando problemas comuns nos continentes em que está sendo consolidada.
A pratica de realizar eventos com carros antigos com provas e exposições vem ocorrendo com muita força na Europa e Estados Unidos constituindo-se em um negócio interessante para clubes, colecionadores, ex pilotos, pistas, hotéis e amantes em geral de automóveis de corrida.
Com o kart chegando um pouco atrasado neste contexto, as possibilidades são muitas. Mais do que uma atividade econômica, a parte social é o campo forte deste negócio.
A internet com suas redes sociais colabora de forma decisiva para o interelacionamento entre as partes interessadas.
Com toda certeza, novas tratativas serão dadas com respeito ao futuro desta classe, pois em se tratando de veículos restaurados os custos acabam sendo um item a limitar o seu desenvolvimento, bem como a disponibilidade de partes e peças que já começa a se tornar um ponto crítico para os amantes deste brinquedinho tão veloz.
Mas o mais crítico é estabelecer o foco no problema central ou no problema aparente.
As questões ligadas ao Kart Vintage é uma coisa, a outra é com o próprio piloto Vintage.
Os equipamentos têm um limite técnico que com um pouco de esforço técnico e produtivo se resolve.
Já a questão do humano e seu relacionamento com o brinquedo nem tanto.
O kart contemporâneo em função do seu perfil técnico oferece limitações de uso para pilotos com mais de 50 anos em função das limitações do corpo dos mesmos.
Claro que há exceções tais como os pilotos que não pararam de andar em competições por exemplo, mas não são a maioria.
O peso bem como as questões ligadas a coluna e costelas, acaba por limitar a possibilidade dos mais velhinhos continuarem com seu hobbie depois de passarem pelas categorias Seniores A, Seniores B e Super Seniores.
Além disto, as mudanças no perfil demográfico e de renda no País aliada a expectativa de vida de 73 anos e tendo dois terços de sua população entre 15 e 64 anos, poderemos ter um novo perfil de kartistas em breve.
Conforme matéria da revista Exame edição 980 “O Brasil deixa de ser um país de jovens”.
Isto sinaliza para mudanças em todos os esportes e com o automobilismo não será diferente.
O kart como esporte amador, deve buscar novos caminhos para resgatar antigos esportistas e brigar com outros hobbies.
 O ócio dos fins de semana, ou a realização via atitudes no plano virtual, poderão ceder as atividades dentro do mundo concreto.
O Vintage Kart Brasil como um Clube de amigos do Kart está enxergando nesta oportunidade uma forma de dar aos amantes do brinquedinho a condição de estarem juntos , falando, brincando, restaurando e mantendo um histórico deste veículo que em nosso país já acumulado meio século.
O desafio maior está em encontrar um veículo Vintage que não seja muito caro para adquirir e manter, que não ofereça restrições à saúde física do piloto, e que seja prazeroso de andar.
Ao encontrar esta solução, a classe poderá de forma mundial buscar horizontes maiores.
Enquanto isto não ocorre, vamos para Araraquara, andar de kart e estar entre amigos e iguais.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Com que sonhava um kartista nos anos 60/70


Época das mais criativas do últimos séculos, os anos 60 foram pródigos em várias dimensões do interesse humano.
Os que estavam envolvidos com o interesse sobre o automobilismo e suas competições com certeza centravam sonhos em Templos tais como Mônaco, Le Mans, Indianápolis ou mesmo Spa.
Mas eram os brinquedos que acabavam tirando nosso sono e nos colocando em vigília em nossos sonhos.
Neste sonhos não tem como não estar presente um ícone , o Porsche 917. Quase entrando nos anos 70 a Porsche nos brindou com este colosso de carro de corrida.
Quem acompanhava na época as corridas do Mundial de Marcas, com certeza tinha uma preferência que podia ser um Ford GT 40 ou mesmo uma Ferrari 512 ou um Porsche 917.
Para os que querem saber mais sobre o 917, um pessoal da Argentina mantém um bom site a respeito. www.porsche917.com.ar.
Enquanto isto curta um pouco deste onboard e sonhe como sonhávamos na época.
É Vintage também, mas custando um pouco mais é claro.
Aproveite. !!!